sexta-feira, 18 de maio de 2007

A UNIÃO QUE FAZ A FORÇA!




A impressão que tenho é que a instituição igreja (coloco em letra minúscula de propósito, pois aqui refiro-me à igreja como entidade humana e não como coluna e firmeza da verdade como ela é espiritualmente) tem andado na contramão da globalização. Enquanto o fenomêno em destaque tem, ainda que de forma meramente superficial, levado diversos líderes a procurarem o entendimento, o apoio mútuo e à formação de blocos econômicos, a igreja evangélica esfacelá-se cada vez mais.

Como já disse no artigo anterior, entendo como atraso esse processo aparentemente irreversível de formação de novas denominações. Em meu entender, isso em nada tem contribuído para a propagação do evangelho, e sim para o recrudescimento de "rivalidades" e "rixas" entre o próprio povo evangélico. Há um espírito competitivo entre as igrejas, as quais parece preocuparem-se muito mais em encher seus bancos do que encher o céu. Por sua vez, os ditos evangélicos não procuram mais congregar nos lugares designados por Deus e sim nos lugares considerados mais convenientes por eles.

Se essa conveniência se limitasse à localização do templo em relação a residência do membro, estaria tudo bem. Mas, a dita "conveniência" é muito mais abrangente e engloba os irmãos que frequentam a comunidade, o pastor que ministra por lá, o estilo de pregação, a doutrina ensinada, a ênfase do culto... e é nesse contexto onde localiza-se o maior problema, pois são tantas as opções de igrejas e tantas variações de estilos, que o povo tem seguido a doutrina que mais se adapta ao seu ponto de vista adquirido antes de sua conversão. Como consequência disso, vemos muitos evangélicos não convertidos, meros frequentadores de igreja. E caso aquela igreja não agradar-lhe em algum quesito, ele simplesmente procura outra. Ao seu gosto, claro. É o evangelho "a la carte".

Com isso, os "pregadores" pensam da seguinte maneira: qual pregação atrairá mais gente? Qual doutrina incomoda menos e satisfaz mais às massas? O que o povo mais gosta dentro do culto: testemunhos, palavra, ensino ou louvor? Nem é preciso dizer que esses "pregadores" servem à Mamom, ou seja às riquezas, porque sabem que quanto mais cheia suas igrejas estiverem, maior arrecadação terá. Por isso a necessidade de não provocar nenhum tipo de incômodo aos ouvidos de seus patrocinadores. Dessa maneira, ensina-se o que o povo quer aprender. Louva-se o que o povo quer cantar. Prega-se o que o povo quer escutar. Eles nem levam em consideração que nem sempre o que queremos é o que precisamos! E muito menos é o que Deus quer para nós.

Quando eu era um menino, pedi ao meu pai bicicleta, pipas, bolinhas de gude... ele não me deu nada do que eu queria. Ele me deu curso de inglês, de informática, computador, investiu em meus estudos e na formação de meu caráter. Confesso que não era o que eu almejava naquele momento. Mas hoje sei reconhecer o valor desse gesto de Deus através de meu pai. Meu pai não me deu nada do que eu queria, mas deu-me tudo o que eu realmente precisava. Ainda que eu não o soubesse naquele momento.

Assim devem comportar-se os pregadores. Devem orientar seus liderados na visão de Deus, ainda que esta seja discordante do ponto de vista humano. Não devemos dar o que o povo quer receber, e sim o que ele precisa receber. Não estamos aqui para satisfazer anseios humanos, e sim os desígnios divinos. Todavia, o povo tem levantado mestres segundo suas próprias concupiscências. Isso sempre foi assim. Opta-se sempre pelo líder mais agradável, em detrimento do mais eficaz. Preferiram Arão a Moisés, porque este resolveu satisfazer a vontade popular e concedeu-lhes o seu brilhante desejo: um bezerro de ouro! Preferiram Absalão a Davi porque este furtava o coração do povo prometendo satisfazer-lhe os desejos, ao passo que Davi procurava executar a ordem de Deus. Rejeitaram o apóstolo Paulo para seguirem falsos mestres porque a doutrinas deles lhes soava muito mais familiar do que o evangelho de Paulo. E por qual motivo rejeitaram a Cristo e receberam muito bem a Barrabás?

Os fatores apontados acima são apenas alguns dos muitos motivos que tem levado à fragmentação do povo evangélico. O grande mal que isso provoca para a nação é irreparável, mas no dia do juízo, tanto esses líderes levantados pela vontade humana quantos os liderados que os mantêm no poder hão de acertar contas com Deus. Os líderes por enganarem o povo e se tornarem guias cegos, arrastando multidões para o abismo. E os liderados também, pois patrocinam sinagogas de Satanás para satisfazer seus interesses pessoais. Eu sei que é impossível que haja heresias no nosso meio, mas pensava eu que os sinceros se manifestariam mais destacadamente.

Glórias dou a Deus por ter me dado um espírito de ousadia! Não tenho tido medo de manifestar meu repúdio às práticas erradas e não tenho feito rebelião. Não promovo dissensões, mas não fujo de debates, e não tenho medo de chamar líder algum de denominação alguma para uma boa arguição. Já vi líderes incitando a prática da "boca de urna" - crime eleitoral! Já vi líderes defenderem - pasmem - o aborto! Já vi líderes promoverem desfiles de moda - literalmente- dentro dos templos. Já vi líderes envolverem-se em falcatruas em troca de dinheiro em época de eleição. Já vi líderes caírem em adultério. Já vi líderes mandarem profetas de Deus calarem a boca. Já vi líderes fazerem pouco caso do departamento infantil. Já vi líderes fazerem chacota dos vasos de Deus no púlpito. Mas em nenhuma dessas ocasiões minha boca esteve cerrada. Sempre estive ao dispor de Deus para ser sua voz profética. Isso desde os meus sete anos de idade.

Saliento que nada do que foi escrito no parágrafo anterior ocorreu na igreja da qual faço parte hoje, e muito menos no campo ao qual ela pertence, que é o Ministério de Madureira. As igrejas não são nem nunca serão perfeitas, mas isso não é desculpa para que nos habituemos ao erro. Não importa se o pecado faz muito barulho... os santos jamais devem silenciar. Hoje, sou evangelista da Assembléia de Deus de Niterói, igreja pastoreada por meu pai, Pastor Queiroz e minha mãe Missionária Zena Queiroz - ambos convencionados pela CONAMAD, ungidos por Deus e reconhecidos pelo povo. Caso eu tivesse compactuado com os erros de meus líderes anteriores, teria eu me tornado um líder hoje? Talvez sim, mas certamente agiria como eles e não agradaria ao Senhor. Ainda estou longe da perfeição. Muito longe, aliás, mas creio que Deus não permitirá que eu erre nas mesmas falhas dos meus antecessores, visto que já vi o cruel castigo de cada um. Para que isso aconteça, devo cobrir-me de oração, e sei que você fará o mesmo por mim, não é mesmo?

2 comentários:

Anônimo disse...

Olá gostaria de saber se vc é filho da zena ai na Igreja Assembleia de Deus de Niteroi

Gostaria de saber maiores noticias da Igreja!!!

Anônimo disse...

Meu querido anônimo, se ou soubesse sua identidade seria mais fácil receber notícias da Igreja, mas realmente tenho muito orgulho de ser filho da missionária Zena Queiroz!