sexta-feira, 18 de maio de 2007

Marcando a História

Estou de Volta! Não consigo ficar sem fazer a diferença - esta é a minha sina. Talvez, colocar um blog na internet não seja uma idéia original, visto que quase todos os internautas caem na mesmice de assim proceder. Mas, sinto que há uma grande carência de conteúdo definitivamente reflexivo. Os blogs e sites que temos visto por aí parece não possuírem nenhum outro objetivo senão promover pessoas ou instituições. A minha intenção primária é justamente promover idéias e reflexões, as quais, creio, trarão ações conjuntas entre todos os que acessarem a essas páginas e redundarão em modificações visíveis e tangíveis na sociedade pós-moderna, da qual, nós, cristãos, fazemos parte.
Para isso, é preciso demolir o primeiro grande inimigo da Igreja do Senhor: as barreiras denominacionais que entravam a união do povo de Deus. A cada dia, mais uma nova denominação é criada. A cada dia, mais um templo cristão evangélico é inaugurado. O número de membros das igrejas parece crescer, mas será que isso é motivo para comemorar? Se estamos numa crescente, porque não vemos grandes modificações sociais, se a premissa cristã é de que não devemos nos conformar com esse mundo? Até que ponto essa diversificação de denominações provêm do Senhor? Até que ponto elas são meramente fruto de vaidades humanas?
Uma análise mais detalhada das questões apontadas nos remetem a mais um intenso questionamento. Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e eternamente e o seu atributo de imutabilidade aplica-se também aos seus ensinamentos. Partindo desse princípio, como pode a Igreja do Senhor, fundada nos ensinamentos cristãos encontrar-se tão fracionada como a vemos hoje? Se Jesus pregou apenas um Evangelho, se há apenas uma Bíblia, o que leva seus seguidores a tamanha segregação, que parece estar longe de acabar? Há vários pregadores e denominações que alegam servir ao mesmo Deus e alegam chegar ao mesmo destino, a saber: o céu. Todavia, quase não há semelhança entre seus hábitos e não há uniformidade nem padrão em seus ensinos. O que eles afirmam é que "há variedade de dons, mas o Espírito é o mesmo". Mas esquecem-se de que o apóstolo Paulo afirmou que qualquer que pregasse um evangelho diferente do dele seria maldito. Se servimos ao mesmo Deus Pai, cremos nos ensinos do mesmo Jesus e recebemos todos do mesmo Espírito Santo, o que nos faz sermos tão fragmentados, segregados e quase rivais entre nosso próprio povo?


Aqui, na minha cidade de Niterói, há um sem número de "igrejas evangélicas". Só nas ruas próximas à minha casa eu já contei mais de quinze templos de diversas denominações. Porém, nos vinte e três anos em que eu moro nessa mesma cidade onde nasci, não me recordo de nenhuma cruzada, evento ou evangelismo que contasse com a adesão dessas igrejas. Tampouco há alguma associação ou grupo de ajuda humanitária e ação social gerido de forma unida entre os evangélicos. A única explicação lógica e cabível encontra-se numa única palavra: estrelismo. Em Apocalipse, os pastores são comparados à estrelas, e há quem interprete erradamente esta analogia e acaba confundindo as coisas. Há seres humanos que se auto-denominam líderes e como não foram reconhecidos nos meios tradicionais e nas formas legais, criam seu próprio latifúndio onde possam comandar nem que sejam uma meia dúzia de ignorantes e cegos espirituais. A ambição deles é serem reconhecidos como "líderes", "pastores", "apóstolos", "bispos" e daí pra cima. Em suma, não querem ser como a Lua que reflete a luz do Sol, querem ser estrelas e terem luz própria! Querem chamar atenção, por isso não formam grandes constelações, porque assim, a admiração do público estaria no desenho formado e não no brilho individual.


Não pense meu nobre leitor de que olho esse panorama por uma perspectiva pessimista. Entendo que é uma oportunidade divina para fazermos a diferença. Quanto mais tenebroso for o ambiente, mais destaque haverá para a luz, ainda que seja apenas uma fagulha. Penso que Deus me concede a oportunidade de marcar a história dos meus contemporâneos. Quem sabe não serei o primeiro a organizar um evento evangelístico que aglutine muitas ou todas as denominações evangélicas de Niterói? Quem sabe não serei eu o mentor de um grande projeto de ajuda social que inclua a participação delas? Quem sabe não organizarei um evangelismo de massa que não levante bandeiras denominacionais, e sim a bandeira do evangelho? Bem, talvez Deus apenas me use para escrever esse texto que estimule alguém a levar a cabo esse sonho. E quem sabe esse alguém não será você???

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