quinta-feira, 31 de maio de 2007

O Início de Tudo




Ter o meu nome incluso entre os fundadores da Assembléia de Deus de Niterói é uma de minhas maiores honras. Em 18 de julho de 2004, aconteceu nossa primeira reunião oficial, em uma sala cedida pelo empresário Jairo Rocha no Instituto Evangélico, localizado na rua Eduardo Luis Gomes, 184 no Centro da cidade de Niterói. Na época, éramos congregação da Assembléia de Deus Tabernáculo da Fé - CONAMAD - no bairro do Rocha na cidade do Rio de Janeiro, dirigida pelo Pastor Samuel Gonçalves de Carvalho, portanto, foi ele quem dirigiu aquela reunião.

Foram mais de cinquenta pessoas a testemunharem esse evento, todavia, não possuímos em nossos arquivos material relativo àquela data devido à escassez de recursos que nos assolava naquele momento. Sem dúvida foi uma bela cerimônia, e a partir dela, meu pai, até então Presbítero Queiroz e minha mãe, até então diaconisa Zena, foram nomeados dirigentes daquela congregação, ao passo que meu irmão e eu ficamos com as atribuições administrativas de secretaria e tesouraria, respectivamente. Cargos que ocupamos até o dia de hoje.

Apesar da grandeza que permeou o evento supracitado, para a família Queiroz tratou-se apenas de uma mera formalidade. Muitos meses antes dessa inauguração, meus pais já desenvolviam um grande trabalho evangelístico na comunidade do Morro do Estado, subindo a favela, fazendo visitação em lares e cultos na casa de alguns irmãos. Lá em nossa casa todas as sextas- feiras funcionava um ponto de pregação, reunindo algumas pessoas que, aos domingos, iam conosco para o Rio de Janeiro, na igreja onde congregávamos. Não era nada fácil! Sabemos que o homem não escolhe obreiros, e sim, reconhece os que já são. Por essa razão, o Pastor Samuel não fez nenhuma objeção quando lhe solicitamos a abertura de uma congregação aqui em Niterói, afinal, ele não só sabia dos trabalhos aqui realizados, como aprovava tudo que era feito. Bem verdade é que de sua parte não houve nem um tipo de auxílio financeiro, mas efetivamente, só queríamos mesmo sua bênção, pois nunca achamos correto fazer a obra de Deus clandestinamente.

É fato que muitos "profetas" e "vasos" tentaram de tudo para que fôssemos "independentes", leia-se "clandestinos". Infelizmente essa tentação tem destruído muitos ministérios. O diabo usa alguém que lança a seta da liberdade irresponsável e faz com que surjam igrejas clandestinas, sem nenhum tipo de respaldo humano, e consequentemente, sem aprovação divina. Considero todas as igrejas sem convenção um flagelo social e espiritualmente irrelevantes. A convenção, seja ela de qual denominação for, tem como objetivo o funcionar como uma espécie de corregedoria, evitando exageros, punindo faltas, fiscalizando as ações, traçando metas e impondo limites e regras. Porém, quando a igreja não é convencionada, quem executará esse importante papel?

É justamente ao responder essa pergunta que descobrimos a razão real pela qual tem havido a proliferação de igrejas clandestinas. Nelas, o dirigente tem um poder absoluto, e quando muito, é fiscalizado apenas por seus próprios liderados, os quais aprendem desde cedo que "questionar as ações do anjo da Igreja é pecado gravíssimo". Levando em conta o fator financeiro, além da total falta de prestação de contas, há uma grande "economia orçamentaria", uma vez que não haverá taxas a serem pagas à convenção alguma. Todavia, o fator mais relevante que leva à criação de uma igreja clandestina é que ela será liderada por pessoas totalmente despreparadas e que justamente por serem consideradas inaptas pelas convenções, recorrem ao caminho mais fácil: a clandestinidade. É como se dissessem: "Serei líder por bem ou por mal".

O mais triste nisso tudo é que quase todos que apelam para essa prática acham que são "chamados por Deus", e "desprezados pelos homens". Só esquecem-se de que esses homens (os líderes de convenção) são homens de Deus também, e ninguém pode resistir a vontade do Altíssimo. Se Ele quer que eu me torne um líder, eu nada tenho de fazer para que isso ocorra, a não ser confiar nele. Não é necessário jeitinhos humanos, pois estes não levam à vontade de Deus, que é perfeita, boa e agradável. Prometo fazer um texto mais bem elaborado acerca desse assunto em um futuro próximo.

Por hora, gostaria apenas e tão somente recordar aquele 18 de julho. Confesso que não imaginava chegar onde estamos, mas sei que muito mais o Senhor ainda vai fazer. Hoje, a estrutura da Igreja está muitíssimo evoluída. Nos primórdios, naquela pequenina sala dentro do Instituto Evangélico, contávamos com um único microfone, pouco mais de vinte cadeirinhas em estado físico duvidoso, um aparelho de som de qualidade limitada e alguns poucos CD´s de louvor. Mas toda essa precariedade jamais abalou a qualidade de nossa adoração ao Senhor! Fazíamos cultos quase todos os dias da semana, à excessão dos sábados, terças e quintas. É de se ressaltar que não computávamos nem 15 pessoas no rol de membros e os únicos obreiros eram os quatro integrantes da minha família. Não raro, eu agia simultaneamente como porteiro, professor de crianças e pregador da noite. E assim como eu, todos os outros três se desdobravam para fazer o melhor para Deus e sua Igreja.

Se eu disser que aquele tempo me deixou saudades, eu estaria sendo hipócrita e mentiroso. Foram tempos trabalhosos, difíceis. Tempos de pressões, dúvidas. Éramos constantemente incomodados pelo dono do imóvel, o qual lançara-se em campanha por sua candidatura a vereador, pelos demais inquilinos do Instituto que descumpriam suas obrigações sobrecarregando a Igreja e até mesmo por nosso líderes que na hora de maior aperto simplesmente omitiam-se. Porém, tudo isso serviu para um grande amadurecimento para todos nós, e tívessemos sido reprovados nesse teste, o SENHOR jamais nos confiaria obras maiores.

Felizmente, vencemos essa etapa. Foram mais ou menos seis meses vivendo dessa maneira. Seis longos meses! Nunca tínhamos tido uma carga tão intensa de cultos, nunca tínhamos tido tantas preocupações e atribuições! A adaptação não foi fácil, mas foi justamente durante esse perído que Deus forjou o caráter da Igreja, dando o tom dos costumes, hábitos e atitudes que possuímos até hoje.

Ao vermos uma lagarta passar por seu árduo processo de metamorfose para se tornar uma bela borboleta, aprendemos que sem dores não há crescimento. Se hoje a Igreja está crescendo, saiba o nobre leitor que foi à base de muito sofrimento passado. E a maioria dele está concentrado nesses seis meses em que passamos fixados àquela pequena salinha do Instituto Evangélico. Talvez seja por isso que Deus não permitiu que tívessemos alguma recordação tangível daquela época. Já as lembranças que trazemos conosco, o próprio Deus se encarrega de deletá-las.

sexta-feira, 25 de maio de 2007

AGORA - (Myrtes Mathias)

Se queres dar-me uma flor,
faze-o antes que eu morra...
Se podes, hoje, fazer o milagre de um sorriso no rosto que chora,
não coloques flores sobre tumbas.


Se queres dar-me uma flor, faze-o agora.
Se podes dar um lar ao orfãozinho,
abrigo ao pobre que geme lá fora,
não encolhas a mão - Deus está vendo.


Se podes dar uma flor, faze-o agora.
Se conheces o eterno Caminho
Que leva ao templo onde a alegria mora,
Não guardes egoísta o teu segredo;

Se podes dar-me uma flor, faze-o agora.
Se podes dizer em uma frase linda,
algo que faça a tristeza ir embora,
dize-o enquanto posso agradecer sorrindo.

Se podes dar uma flor, faze-o agora.
Que farei eu das orações, das flores,
quando do mundo já não mais eu for?
Aos pés de Deus eu as terei tão lindas,
Que não precisarei do teu amor.
Não esperes o instante da partida.

Se queres me fazer feliz, faze-me agora.
Para que chorar de remorso e saudade?
Custa tão pouco a felicidade,
Dá-me uma flor antes que eu vá embora!

quinta-feira, 24 de maio de 2007

POESIA: HOMEM E MULHER (Victor Hugo)

“O homem é a mais elevada das criaturas.
A mulher é o mais sublime dos ideais.
Deus fez para homem um trono;
para a mulher um altar.
O trono exalta; o altar santifica.

O homem é o cérebro; a mulher o coração, o amor.
A luz fecunda; o amor ressuscita.
O homem é o gênio; a mulher o anjo.
O gênio é imensurável; o anjo indefinível.

A aspiração do homem é a suprema glória;
A aspiração da mulher, a virtude extrema.
A glória traduz grandeza; A virtude traduz divindade.

O homem tem a supremacia;
A mulher a preferência.
A supremacia representa força.
A preferência representa o direito.

O homem é forte pela razão;
A mulher invencível pelas lágrimas
A razão convence; a lágrima comove.

O homem é capaz de todos os heroísmos;
A mulher de todos os martírios.
O heroísmo enobrece, o martírio sublima.

O homem é o código; a mulher o evangelho.
O código corrige; o evangelho aperfeiçoa.

O homem é o templo; a mulher, um sacrário.
Ante o templo, nos descobrimos; Ante o sacrário ajoelhamo-nos.

O homem pensa; a mulher sonha. Pensar é ter cérebro;
Sonhar é ter na fronte uma auréola.

O homem é um oceano; a mulher um lago.
O oceano tem a pérola que embeleza; O lago tem a poesia que deslumbra.

O homem é a águia que voa; a mulher o rouxinol que canta.
Voar é dominar o espaço; cantar é conquistar a alma.

O homem tem um fanal; a consciência; A mulher tem uma estrela: a esperança.
O fanal guia, a esperança salva.

Enfim...
O homem está colocado onde termina a terra;
A mulher onde começa o céu..."

MADRUGADA COM JESUS!

Uma das experiências mais marcantes da minha vida foi ter trabalhado ao lado do Pastor Érico Rodolfo Bussinger no Programa Madrugada com Jesus no BAND AM 1520. Fiquei por lá menos de um ano, mas tive a honra de fazer o programa de despedida, o qual foi muito emocionante. Sinto-me privilegiado por ter feito parte da equipe que encerrou um ciclo de mais de quatro anos!
Trago comigo não apenas experiências acumuladas em pregações ao vivo via rádio e aconselhamentos ao vivo via telefone, mas sim muitos e muitos amigos que faziam parte daquela inesquecível equipe de trabalho que ao longo das madrugadas das segundas-feiras ficava da meia noite às quatro da manhã intercedendo, aconselhando, pregando e aprendendo de Deus.
Grato sou a Deus pela vida de Domício, um grande amigo que Deus colocou em meu caminho; Maria Emília, a rainha do sorriso e da alegria; Evandro, Dr. Hugo, o André da técnica... enfim, todos eles contribuíram de uma forma ou de outra para meu amadurecimento espiritual.
Isso sem falar no próprio Pr. Érico, o qual apesar de ser meu vizinho de Igreja ainda não havia tido a oportunidade de conhecer o grande pregador que ele é. Uma pessoa comprometida com a verdade do Evangelho, e que sabe como ninguém superar muitos desafios.
Devo agradecer a Deus, mas não posso ser ingrato com minha grande amiga Sônia, da Sheikinah do Lanche, pois, foi através dela que eu obtive o passaporte para essa inesquecível experiência. Foi ela quem me indicou e acabou me dando um presentão que nenhum amigo poderia ter me dado. Obrigado, Sônia! Que Deus te abençoe não apenas pelas boas obras que você faz - e olha que são inúmeras! - mas principalmente pela pessoa que você é! Toda pedra preciosa é rara, por isso não vemos pessoas como você com frequência. Obrigado, amiga! Obrigado, irmã!

quarta-feira, 23 de maio de 2007

ZENA QUEIROZ: Uma História de Vida - Um Exemplo Real




Um povo sem memória é um povo sem história. Não foi em vão que Deus ordenou aos filhos de Israel, quando foram libertados da escravidão do Egito, celebrarem anualmente a páscoa, comendo ervas amargas para não se esquecerem da opressão que sofreram naquela terra. Também não são raros os apelos divinos a esse mesmo povo para que jamais viessem a esquecer das benéfices que Deus lhes havia feito no passado. O Senhor sempre recomendou ao seu povo a reflexão sobre o passado a fim de serem mais gratos no presente e mais seguros do futuro.

Partindo desse princípio, entendo que todos nós, em especial os cristãos, deveríamos levar a sério nossas pesquisas acerca das origens das igrejas. Infelizmente, a grande massa religiosa brasileira desconhece a história da religião a qual eles alegam pertencer. E não obstante a ignorância histórica, caem eles no grande erro de não pesquisarem a origem de sua própria comunidade cristã, o que seria o mínimo que se espera de um membro de um grupo. Se não estudarmos os acontencimentos passados, será difícil a compreensão do presente e impossível a projeção do futuro.

Em relação a minha igreja, Assembléia de Deus de Niterói, tenho o privilégio não apenas de conhecer toda sua origem, como fui dela participante. Embora sua fundação esteja datada no dia 18 de julho de 2004, sua história é muito anterior a isso e nos remeterá àquela que considero o grande ícone do meio gospel niteroiense do século XXI: Zena Queiroz.

A missionária Zena Queiroz, minha mãe, é a grande responsável pela existência dessa Igreja. Foi a ela quem Deus revelou o tempo e o modo como a obra deveria ser realizada. Desde sua conversão em 1991 até os dias de hoje, essa abnegada serva do Senhor não mede esforços em favor não de instituições, mas sim, de pessoas. Ela sempre foi uma líder, pois não é necessário o cargo, quando se tem o chamado. Antes mesmo de reconhecida pelos homens, Zena, uma simples nova convertida, já atuava na área de aconselhamento e oração na Igreja por onde ela se batizou: a Assembléia de Deus Central de Niterói, na época pastoreada pelo exemplar Pastor Isaías, do qual guardo raras, mas excelentes recordações.

Certamente, os leitores que se mantiverem fiéis a esse espaço serão contemplados ao longo dos dias com fragmentos da história dessa lenda viva. E afirmo que é uma história que merece ser contada. Para mim, é uma dura missão registrar os fatos que formam essa biografia, mas os desafios fazem parte da família Queiroz. Só para se ter uma idéia, a mãe de Zena Queiroz, Ana Isabel, teve dois filhos e o terceiro, por motivos por mim ignorados, acabou sendo abortado. Como o fato descrito provocou graves sequelas no organismo de Ana Isabel, que, devido à orientação médica, mesmo contra sua própria vontade teve de engravidar novamente a fim de ter a saúde restabelecida, e foi aí que Deus trouxe a missionária Zena ao mundo! Ainda nem havia nascido, e já havia restaurado uma vida. Mal sabia ela que tal fato seria corriqueiro em sua carreira, uma vez que hoje há um sem número de vidas restauradas por Deus através das abençoadas mãos de Zena Queiroz.

Pretendo sim registrar a história de minha igreja. Mas é impossível fazê-lo sem antes explicar a história do casal Queiroz, em especial da missionária. Nossa comunidade a chama de "mãe". E isso se deve ao fato de ela tratar a todos como filhos, tendo um zelo especial por cada um deles. Não são poucas as vezes em que ela abandona todos os seus afazeres rotineiros para acudir um necessitado. Bem, às vezes nem tão necessitado assim, mas nem por isso deixa de receber a atenção e os cuidados da missionária, cuidados estes extensivos a todos de qualquer denominação ou religião.

Zena jamais pensou em ser pastora, nem sequer assim almejou. E que fique bem claro que não foi ela quem abriu a nossa Igreja, apesar de ter sido uma das fundadoras. Zena nunca teve vaidades pessoais, e foi fiel a todos os cargos que lhe foram confiados, fazendo muitas vezes tarefas além do que lhe fora pedido, tamanho amor dela pela obra do Senhor. Em 1997 ela gravou seu primeiro CD, "OBRIGADO SENHOR", o qual, na realidade trata-se de uma biografia cantada de suas experiências vividas até aquele momento, especialmente sua conversão. Há vários códigos em suas canções que marcam passagens de sua história real e o tom pessoal de cada uma delas fica evidente em cada uma das faixas desse CD.

Em 2005 ela lançou seu segundo CD, "VENCENDO PELA FÉ". Este álbum mostra a nova fase de Zena Queiroz. Muito mais amadurecida, os hinos agora têm uma profundidade espiritual mais intensa, fruto de experiências sobrenaturais vividas por Zena no período entre um CD e outro. O tom pessoal dá lugar a um caráter mais aconselhador. É como se Zena, através de suas melodias, orientasse seus ouvintes a como procederem em momentos de intensa batalha espiritual similiares as que ela também passou. O fato de Zena ser a compositora de todas as faixas de seus CDs e ainda possuir mais de 10 canções em seu acervo inédito é algo notório nos dias de hoje.

Mas a musicalidade de Zena é sua vida. É em seu caráter, personalidade e objetivos onde estão guardados os segredos de suas notas musicais. A todos vocês que acessarem a essas páginas, digo e repito, estejam atentos para os textos postados que contarão porções da biografia de Zena e da história da Igreja, e vocês mesmos poderão observar como as duas diretrizes estão intrinsecamente ligadas uma a outra, como dois vértices de uma mesma cruz. Não deixem de visualizar os vídeos em que Zena está em ação, ou melhor, em que o Espírito Santo entra em ação através dela. Poucas pessoas podem dizer como o apóstolo Paulo: "sede meus imitadores como eu sou de Cristo". E Zena é uma delas.

terça-feira, 22 de maio de 2007

A Pedagogia Cristã - Um Sonho de Deus!


A Igreja Evangélica Assembléia de Deus de Niterói é filiada à CONAMAD, que é a Convenção Nacional de Madureira. Tenho o orgulho de fazer parte dessa comunidade, pastoreada por meu pai, Pr. Queiroz e minha mãe, Miss. Zena. Meu irmão e eu somos evangelistas e estamos engajados no propósito de semear a palavra por onde formos, começando por Niterói, cidade na qual moramos há mais de duas décadas.
Grande é a dificuldade para se gerenciar uma Igreja. Principalmente quando se tem objetivos claramente definidos e nem sempre o apoio necessário para alcança-los. Minha Igreja é diferente em muitos aspectos, mas eu acho que o atributo que mais poderia destacar como nosso diferencial seria a visão. A nossa meta é causar um impacto social no bairro onde estamos inseridos através da prática do evangelho. Cremos que a maneira de se concretizar este sonho é a implantação de escolas.
Escolas que tenham como prioridade a formação do caráter cristão em seus alunos. Os colégios que vemos por aí dão uma ênfase, no meu modo de entender até mesmo exagerada, na formação de trabalhadores para o mercado, ou seja, na capacitação profissional. Mas quase ou nada fazem para a formação da ética, da conduta e da moral no indivíduo. Parecem preocuparem-se muito mais em formar máquinas humanas que exerçam bem uma função pré-estabelecida do que uma mente pensante capaz de modificar positivamente o ambiente em que vive. Mediante esse caótico quadro, os alunos saem dos colégios, escolas, cursos e faculdades apenas e tão somente com um pedaço de papel enfeitado, ao qual chamam de diploma, porém não trazem consigo uma visão de mundo diferente, muito menos propostas para transforma-lo de modo a agregar os cidadãos em um contexto mais favorável.
Penso eu que das escolas deveriam brotar pessoas altruístas, pessoas que descobrissem sua vocação e aprendessem a usar os dons e talentos que Deus lhes deu de modo a trazer algum bem tangível à sociedade. Não é o que ocorre na realidade. As faculdades promovem as famosas "chopadas", nas quais podemos contemplar os formandos envolvidos em orgias impublicáveis regados à muito álcool. Não tardará o dia em que pacientes serão operados por médicos bêbados, em que advogados não comparecerão às suas audiências por problemas de coma alcólico e em que os pobres doentes receberão atendimento por enfermeiros de ressaca. Fossem as faculdades formadoras de cidadãos ao invés de meros profissionais, o quadro não seria tão calamitoso!
Porém, não se pode apenas pensar meramente na formação do caráter. Deve-se questionar que tipo de caráter deve ser ensinado aos alunos, e é aí onde entra a Igreja. O que é o Evangelho senão o ser "nova criatura"? O que é o cristianimo senão o "andar como Jesus andou"? Aquele mesmo Jesus que quando insultado não revidava, que perdoava a quem lhe ofendia e nunca pensou em seu bem estar, e sim do próximo. Se todos seguissem esse belo exemplo, não viveríamos nós no paraíso na Terra? Pois esta é a dura missão da Igreja: fazer discípulos. Ou seja, orientar as pessoas a seguirem o exemplo de Jesus.
O caráter de Cristo é tão humanamente inalcançável que só mesmo a ação sobrenatural do Espírito Santo pode nos dar um caráter cheio de amor, paz, longanimidade, benignidade, bondade, mansidão, temperança, fidelidade e domínio próprio. Então, devemos ensinar às pessoas a permitirem que o Espírito Santo transformem suas vidas corrompidas em uma vida segundo o exemplo de Cristo. Jesus nos mandou ensinar suas palavras. A escola nos dá o ambiente propício a divulgação do evangelho, uma vez que reúne grupos de pessoas dispostas a aprender o que lhes for ensinado. Meu irmão, evangelista Samuel, formou-se em pedagogia recentemente. Ele não escolheu essa área, não era seu sonho... mas era o de Deus! E ele sabe que tem de transformar esse diploma em ação concreta. E ele sabe que se Deus agir, ninguém impedirá. Eu por minha vez, tenho formação teológica, e não por acaso. Unindo as duas vertentes poderemos - e vamos - realizar essa grande obra.
Nossa Igreja vai, em nome de Jesus, se Deus permitir, implantar escolas em Niterói. Escolas onde os alunos entrem às 09:00h e saiam apenas às 19:00h. Escolas onde além deles terem acesso a todo o conteúdo das disciplinas regulares, eles tenham a possibilidade de aprender gratuitamente aquilo que as escolas públicas não lhes oferecem como cursos de informática, idiomas, música, esportes, culinária e principalmente: ética cristã. Ensinaremos aos alunos a amarem a Deus sobre todas as coisas e o próximo como a nós mesmos. Faremos discípulos, e não sanguessugas cristãs.
Os primeiros passos já foram dados, uma vez que nossa Igreja já oferece um ensino bíblico de qualidade aos seus membros gratuitamente, bem como aulas de canto e teclado. As aulas de bateria possuem o módico preço de R$ 20,00 mensais para o pagamento do professor, e as aulas de Inglês também seriam gratuitas. Só não implantamos esse curso por falta de quórum. Sabemos que ainda há muito a ser feito, mas em menos de três anos, já que essa igreja foi aberta em 18 de julho de 2004, demos importantes passos em direção à visão que Deus nos tem dado. Para a concretização da visão divina para essa Igreja, temos orado constantemente. Aos sábados, temos consagração de oração do meio dia até às seis horas da tarde. Às terças-feiras, na Tarde da Bênção, nos consagramos das três até às seis horas da tarde; já nas quintas-feiras, oramos das nove horas da manhã até o meio dia. Sem contar que, quando estamos na semana da Santa Ceia do Senhor, oramos todos os dias das seis horas da tarde até às sete. Fora os cultos, ensaios, escola bíblica... mas todo esse esforço tem sido recompensado. Temos visto muitos milagres acontecerem, como até mesmo a cura de um cego. Mas o que mais nos orgulha é vermos pessoas sem perspectiva alguma de vida receberem esperança para lutarem por uma vida melhor. A casa onde fora moradia da minha famíla, funciona atualmente como uma espécie de albergue improvisado, onde moram quatro famílias. E não são poucos os assistidos pela Igreja em sua manutenção básica.
Infelizmente, devido à escassez de recursos nossos projetos demoram a ser implantados. Todavia, há tempo para tudo, e no tempo de Deus, tudo se realizará. Nosso maior obstáculo é a questão financeira, pois além do templo ser alugado, o que nos consome uma não pouca soma de dinheiro, temos pouquíssimos membros, dentre os quais, são poucos os dizimistas fiéis. Mas o Deus que é dono do ouro e da prata tem suprido todas as nossas necessidades, e mesmo tendo pouca força temos guardado a palavra de Sua paciência. Certo estou de que não descerei à sepultura sem ver o sonho que Deus me deu realizado, ou ao menos sem ter lutado muito para que ele se torne real.

Sementes do Amor




Dizem as Sagradas Escrituras que o próprio Deus foi o formulador dessa sentença: "Não é bom que o homem esteja só, por isso lhe farei uma adjuntora que lhe seja idônea". Na epístola aos Hebreus há outra linda frase: "Venerado seja entre todos o matrimônio...". São belas frases que nos mostram a clara preocupação divina em fazer com que seus filhos não vivam em solidão, mas sim que cada qual encontre seu par e ambos sejam felizes com Deus no controle de suas vidas. Atualmente, muitas pessoas têm vivido na solidão e apesar de todos os projetos lançados para aproximarem os chamados "pares perfeitos", os efeitos não parece estarem sendo eficazes! Na verdade isso ocorre porque tentamos nos aproximar dos outros seguindo critérios humanos, ou sentimentos humanos, mas o Senhor já nos ensinou que enganoso é o coração do homem. O modo mais correto para se fazer aquela que considero a maior escolha de nossas vidas, que é a escolha do cônjuge, certamente é seguindo as orientações de Deus descritas em Sua palavra.

Eu mesmo sofri durante muitos anos até entender esse mistério. Em minha infância, não era meu interesse as brincadeiras que, ainda que inocentes e ingênuas, possuíam uma certa conotação levemente erótica, tais como "pera, uva e maçã", "papai e mamãe", "casinha" e "médico". Ao contrário, minha brincadeira predileta era - pasmem - "HORÁRIO ELEITORAL GRATUITO"!!! Isso aos sete anos de idade, bem no auge da reabertura democrática. Eu observava atentamente aos partidos políticos e seus candidatos e depois imitava-os. Não precisa nem dizer que eu brincava sozinho, uma vez que ninguém da minha turma via algum interesse no infame e nada original passatempo. Ou seja, por um motivo que só mesmo Jesus pode explicar, meus sentimentos e até mesmo meus impulsos sexuais afloraram-se um pouco tarde em relação aos meus demais colegas, ao passo que meu lado racional e empreendedor veio à tona um pouquinho mais rápido do que os meus companheiros de travessuras consideravam normais.

Para se ter uma idéia, foi aos meus dezoito anos de idade que tive aquela tão desejada e marcante experiência para todo adolescente: o primeiro beijo. Essa época já não era mais um adolescente! Ainda assim me comportei como tal. Apesar da inexperiência, por ser um idealista, imaginava eu que estaria beijando aquela que viria a ser a mãe de meus filhos, a minha parceira para o resto da vida. Mas, a garota não pensava assim! Só que já era tarde, o beijo já havia sido dado. Eu acho que ela não sabia que era meu primeiro beijo, mas eu acho que não fiz feio não. Só que agora isso não faz a menor diferença. Por ter sido apenas e meramente um momento, acabou não sendo especial. Um semeador bem intencionado não regozija-se apenas pelo fato de lançar sementes, ainda que o faça cheio de alegria. Ele espera colher frutos dela. Quando isso não ocorre, a sensação de esperança advinda no plantio é substituída pela sensação de frustração na hora da colheita.

O beijo ocorreu, mas não o namoro. Daquele momento em diante, durante alguns anos tive alguns envolvimentos que em nada acrescentaram em meu lado espiritual, muito menos sentimental. Em um deles, fui parar em São Paulo para um encontro com uma garota que conheci na internet. Em outra ocasião acabei namorando uma mineira que até filho já tinha. Ressalto sem o menor constrangimento de que em todos os meus namoros, os quais nem foram tantos, não houve relações sexuais por saber eu que todo fornicário ficará de fora do Reino dos Céus. Todavia, o desgaste que cada ex-namorada deixou em meu coração, em minha mente e principalmente em meu bolso, só mesmo Jesus poderia aliviar. "Vinde a mim todos os que estão cansados e oprimidos e eu vos aliviarei", disse Jesus.

Eu estava cansado de decepções amorosas. Desiludido com a possibilidade de envolver-me novamente com alguém, porque o medo de perder tira a vontade de ganhar. E foi quando eu estava mergulhado no caos da solidão e depressão, porque qualquer homem que não seja realizado sentimentalmente considera-se, ainda que subliminarmente, um fracassado, Deus colocou em meu caminho alguém mais do que especial. Uma pessoa que sempre esteve próxima a mim, mas não podia vê-la por meus olhos estarem cobertos de sentimentos hostis e perversos, o que me impossibilitava de contemplar as belas coisas de Deus, dentre as quais, certamente a Caroline é a que mais se destaca!!! Para mim, claro!!!

Meu amor por Carol começou como uma semente lançada. Ela foi lançada em nossos corações através de nossos olhos, os quais são os espelhos da alma. Foi olhando em seus olhos que o amor que estava em meu coração começou a degelar. Assim como uma semente lançada entre espinhos demora muito a frutificar, nossos bons sentimentos um pelo outro também demoraram a tomar forma, devido aos muitos buracos que haviam em nossos corações. Foi o Senhor Jesus quem removeu todos os traumas e angústias que nós dois tínhamos e também foi Ele quem regou a semente do amor que Ele mesmo lançou em nossos corações. Hoje, o nosso fruto é visível, pois somos daquele tipo de casal que não se separa por nada! Só mesmo os eventos fortuitos e a força da ocasião é que nos fazem estar distantes um do outro. Mas só fisicamente, porque estou plenamente certo de que nossas almas estão unidas em um plano muito maior: Deus.

Aquilo que Deus uniu, o homem não separa. Enfrentamos muitas barreiras e críticas, sobretudo pela nossa diferença de idade, já que sou nove anos mais velho do que ela. Mas a maturidade de alguém não é medida pela sua idade, e sim pelo seu caráter. Nossos projetos estão escondidos em Deus, e graças a Ele, temos concretizado muitos sonhos juntos. Como estou apenas iniciando esse blog, e prometo que não farei desse espaço um diário de desabafos e experiências particulares, não poderia me furtar de fazer uma singela e justa homenagem àquela que representa a minha vitória na área sentimental; àquela que me dá brilho às manhãs, até mesmo as de inverno; àquela que me faz sorrir só pelo fato de existir; àquela que faz meu coração palpitar apenas pelo sussurrar de sua doce voz; àquela que é o presente de Deus para mim: minha amada Caroline.

"Te amo, meu amor, e vou te amar até a volta de Jesus. I will always love you. Eu quero que todos saibam disso, meu love: Haja o que houver, estaremos sempre juntos. "As muitas águas não podem apagar o nosso amor nem os rios afogá-lo". Te amo, te amo, te amo!!!"


sexta-feira, 18 de maio de 2007

A UNIÃO QUE FAZ A FORÇA!




A impressão que tenho é que a instituição igreja (coloco em letra minúscula de propósito, pois aqui refiro-me à igreja como entidade humana e não como coluna e firmeza da verdade como ela é espiritualmente) tem andado na contramão da globalização. Enquanto o fenomêno em destaque tem, ainda que de forma meramente superficial, levado diversos líderes a procurarem o entendimento, o apoio mútuo e à formação de blocos econômicos, a igreja evangélica esfacelá-se cada vez mais.

Como já disse no artigo anterior, entendo como atraso esse processo aparentemente irreversível de formação de novas denominações. Em meu entender, isso em nada tem contribuído para a propagação do evangelho, e sim para o recrudescimento de "rivalidades" e "rixas" entre o próprio povo evangélico. Há um espírito competitivo entre as igrejas, as quais parece preocuparem-se muito mais em encher seus bancos do que encher o céu. Por sua vez, os ditos evangélicos não procuram mais congregar nos lugares designados por Deus e sim nos lugares considerados mais convenientes por eles.

Se essa conveniência se limitasse à localização do templo em relação a residência do membro, estaria tudo bem. Mas, a dita "conveniência" é muito mais abrangente e engloba os irmãos que frequentam a comunidade, o pastor que ministra por lá, o estilo de pregação, a doutrina ensinada, a ênfase do culto... e é nesse contexto onde localiza-se o maior problema, pois são tantas as opções de igrejas e tantas variações de estilos, que o povo tem seguido a doutrina que mais se adapta ao seu ponto de vista adquirido antes de sua conversão. Como consequência disso, vemos muitos evangélicos não convertidos, meros frequentadores de igreja. E caso aquela igreja não agradar-lhe em algum quesito, ele simplesmente procura outra. Ao seu gosto, claro. É o evangelho "a la carte".

Com isso, os "pregadores" pensam da seguinte maneira: qual pregação atrairá mais gente? Qual doutrina incomoda menos e satisfaz mais às massas? O que o povo mais gosta dentro do culto: testemunhos, palavra, ensino ou louvor? Nem é preciso dizer que esses "pregadores" servem à Mamom, ou seja às riquezas, porque sabem que quanto mais cheia suas igrejas estiverem, maior arrecadação terá. Por isso a necessidade de não provocar nenhum tipo de incômodo aos ouvidos de seus patrocinadores. Dessa maneira, ensina-se o que o povo quer aprender. Louva-se o que o povo quer cantar. Prega-se o que o povo quer escutar. Eles nem levam em consideração que nem sempre o que queremos é o que precisamos! E muito menos é o que Deus quer para nós.

Quando eu era um menino, pedi ao meu pai bicicleta, pipas, bolinhas de gude... ele não me deu nada do que eu queria. Ele me deu curso de inglês, de informática, computador, investiu em meus estudos e na formação de meu caráter. Confesso que não era o que eu almejava naquele momento. Mas hoje sei reconhecer o valor desse gesto de Deus através de meu pai. Meu pai não me deu nada do que eu queria, mas deu-me tudo o que eu realmente precisava. Ainda que eu não o soubesse naquele momento.

Assim devem comportar-se os pregadores. Devem orientar seus liderados na visão de Deus, ainda que esta seja discordante do ponto de vista humano. Não devemos dar o que o povo quer receber, e sim o que ele precisa receber. Não estamos aqui para satisfazer anseios humanos, e sim os desígnios divinos. Todavia, o povo tem levantado mestres segundo suas próprias concupiscências. Isso sempre foi assim. Opta-se sempre pelo líder mais agradável, em detrimento do mais eficaz. Preferiram Arão a Moisés, porque este resolveu satisfazer a vontade popular e concedeu-lhes o seu brilhante desejo: um bezerro de ouro! Preferiram Absalão a Davi porque este furtava o coração do povo prometendo satisfazer-lhe os desejos, ao passo que Davi procurava executar a ordem de Deus. Rejeitaram o apóstolo Paulo para seguirem falsos mestres porque a doutrinas deles lhes soava muito mais familiar do que o evangelho de Paulo. E por qual motivo rejeitaram a Cristo e receberam muito bem a Barrabás?

Os fatores apontados acima são apenas alguns dos muitos motivos que tem levado à fragmentação do povo evangélico. O grande mal que isso provoca para a nação é irreparável, mas no dia do juízo, tanto esses líderes levantados pela vontade humana quantos os liderados que os mantêm no poder hão de acertar contas com Deus. Os líderes por enganarem o povo e se tornarem guias cegos, arrastando multidões para o abismo. E os liderados também, pois patrocinam sinagogas de Satanás para satisfazer seus interesses pessoais. Eu sei que é impossível que haja heresias no nosso meio, mas pensava eu que os sinceros se manifestariam mais destacadamente.

Glórias dou a Deus por ter me dado um espírito de ousadia! Não tenho tido medo de manifestar meu repúdio às práticas erradas e não tenho feito rebelião. Não promovo dissensões, mas não fujo de debates, e não tenho medo de chamar líder algum de denominação alguma para uma boa arguição. Já vi líderes incitando a prática da "boca de urna" - crime eleitoral! Já vi líderes defenderem - pasmem - o aborto! Já vi líderes promoverem desfiles de moda - literalmente- dentro dos templos. Já vi líderes envolverem-se em falcatruas em troca de dinheiro em época de eleição. Já vi líderes caírem em adultério. Já vi líderes mandarem profetas de Deus calarem a boca. Já vi líderes fazerem pouco caso do departamento infantil. Já vi líderes fazerem chacota dos vasos de Deus no púlpito. Mas em nenhuma dessas ocasiões minha boca esteve cerrada. Sempre estive ao dispor de Deus para ser sua voz profética. Isso desde os meus sete anos de idade.

Saliento que nada do que foi escrito no parágrafo anterior ocorreu na igreja da qual faço parte hoje, e muito menos no campo ao qual ela pertence, que é o Ministério de Madureira. As igrejas não são nem nunca serão perfeitas, mas isso não é desculpa para que nos habituemos ao erro. Não importa se o pecado faz muito barulho... os santos jamais devem silenciar. Hoje, sou evangelista da Assembléia de Deus de Niterói, igreja pastoreada por meu pai, Pastor Queiroz e minha mãe Missionária Zena Queiroz - ambos convencionados pela CONAMAD, ungidos por Deus e reconhecidos pelo povo. Caso eu tivesse compactuado com os erros de meus líderes anteriores, teria eu me tornado um líder hoje? Talvez sim, mas certamente agiria como eles e não agradaria ao Senhor. Ainda estou longe da perfeição. Muito longe, aliás, mas creio que Deus não permitirá que eu erre nas mesmas falhas dos meus antecessores, visto que já vi o cruel castigo de cada um. Para que isso aconteça, devo cobrir-me de oração, e sei que você fará o mesmo por mim, não é mesmo?

Marcando a História

Estou de Volta! Não consigo ficar sem fazer a diferença - esta é a minha sina. Talvez, colocar um blog na internet não seja uma idéia original, visto que quase todos os internautas caem na mesmice de assim proceder. Mas, sinto que há uma grande carência de conteúdo definitivamente reflexivo. Os blogs e sites que temos visto por aí parece não possuírem nenhum outro objetivo senão promover pessoas ou instituições. A minha intenção primária é justamente promover idéias e reflexões, as quais, creio, trarão ações conjuntas entre todos os que acessarem a essas páginas e redundarão em modificações visíveis e tangíveis na sociedade pós-moderna, da qual, nós, cristãos, fazemos parte.
Para isso, é preciso demolir o primeiro grande inimigo da Igreja do Senhor: as barreiras denominacionais que entravam a união do povo de Deus. A cada dia, mais uma nova denominação é criada. A cada dia, mais um templo cristão evangélico é inaugurado. O número de membros das igrejas parece crescer, mas será que isso é motivo para comemorar? Se estamos numa crescente, porque não vemos grandes modificações sociais, se a premissa cristã é de que não devemos nos conformar com esse mundo? Até que ponto essa diversificação de denominações provêm do Senhor? Até que ponto elas são meramente fruto de vaidades humanas?
Uma análise mais detalhada das questões apontadas nos remetem a mais um intenso questionamento. Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e eternamente e o seu atributo de imutabilidade aplica-se também aos seus ensinamentos. Partindo desse princípio, como pode a Igreja do Senhor, fundada nos ensinamentos cristãos encontrar-se tão fracionada como a vemos hoje? Se Jesus pregou apenas um Evangelho, se há apenas uma Bíblia, o que leva seus seguidores a tamanha segregação, que parece estar longe de acabar? Há vários pregadores e denominações que alegam servir ao mesmo Deus e alegam chegar ao mesmo destino, a saber: o céu. Todavia, quase não há semelhança entre seus hábitos e não há uniformidade nem padrão em seus ensinos. O que eles afirmam é que "há variedade de dons, mas o Espírito é o mesmo". Mas esquecem-se de que o apóstolo Paulo afirmou que qualquer que pregasse um evangelho diferente do dele seria maldito. Se servimos ao mesmo Deus Pai, cremos nos ensinos do mesmo Jesus e recebemos todos do mesmo Espírito Santo, o que nos faz sermos tão fragmentados, segregados e quase rivais entre nosso próprio povo?


Aqui, na minha cidade de Niterói, há um sem número de "igrejas evangélicas". Só nas ruas próximas à minha casa eu já contei mais de quinze templos de diversas denominações. Porém, nos vinte e três anos em que eu moro nessa mesma cidade onde nasci, não me recordo de nenhuma cruzada, evento ou evangelismo que contasse com a adesão dessas igrejas. Tampouco há alguma associação ou grupo de ajuda humanitária e ação social gerido de forma unida entre os evangélicos. A única explicação lógica e cabível encontra-se numa única palavra: estrelismo. Em Apocalipse, os pastores são comparados à estrelas, e há quem interprete erradamente esta analogia e acaba confundindo as coisas. Há seres humanos que se auto-denominam líderes e como não foram reconhecidos nos meios tradicionais e nas formas legais, criam seu próprio latifúndio onde possam comandar nem que sejam uma meia dúzia de ignorantes e cegos espirituais. A ambição deles é serem reconhecidos como "líderes", "pastores", "apóstolos", "bispos" e daí pra cima. Em suma, não querem ser como a Lua que reflete a luz do Sol, querem ser estrelas e terem luz própria! Querem chamar atenção, por isso não formam grandes constelações, porque assim, a admiração do público estaria no desenho formado e não no brilho individual.


Não pense meu nobre leitor de que olho esse panorama por uma perspectiva pessimista. Entendo que é uma oportunidade divina para fazermos a diferença. Quanto mais tenebroso for o ambiente, mais destaque haverá para a luz, ainda que seja apenas uma fagulha. Penso que Deus me concede a oportunidade de marcar a história dos meus contemporâneos. Quem sabe não serei o primeiro a organizar um evento evangelístico que aglutine muitas ou todas as denominações evangélicas de Niterói? Quem sabe não serei eu o mentor de um grande projeto de ajuda social que inclua a participação delas? Quem sabe não organizarei um evangelismo de massa que não levante bandeiras denominacionais, e sim a bandeira do evangelho? Bem, talvez Deus apenas me use para escrever esse texto que estimule alguém a levar a cabo esse sonho. E quem sabe esse alguém não será você???