terça-feira, 20 de outubro de 2009

TEORIA DA EVOLUÇÃO


Infelizmente, por falta de tempo hábil, não tenho conseguido transformar este blog naquilo que eu gostaria que ele fosse: um espaço de pesquisas, uma sala de debates. Na verdade, ele está limitado a ser um espaço de opinião, o que não contribui tanto para a vida cristã como eu almejo. Porém, jamais poderia deixar de aproveitar a ocasião para dissertar acerca da teoria da evolução. Devido à escassez de documentação e tempo hábil para reúni-las, a princípio emitirei apenas a minha opinião - e tão somente isto.


A meu juízo, os evolucionistas dividem-se em dois grandes grupos: os da academia científica, que esforçam-se para embasar os argumentos da Teoria da Evolução por intermédio de pesquisas e estudos a fim de comprova-la cientificamente; e os evolucionistas leigos, que pouco ou nada conhecem da teoria em questão, mas recorrem a ela para defender seus comportamentos ateístas.


Os do primeiro grupo não merecem contestação por parte da Igreja. Eles estão fazendo a parte deles: pesquisando, criticando e argumentando. A teoria da evolução merece ser estudada e debatida. Ela tem seus méritos. Não nasceu de algum lampejo de um louco varrido. Foi fruto, e ainda o é, de muito empenho e dedicação por parte dos pesquisadores que se propuseram a teoriza-la. É lamentável o desdém com que muitos cristãos lidam com este tema, chegando ao ponto de ridicularizar os cientistas e escarnecer de Charles Darwin, até mesmo inventando uma suposta conversão ao cristianismo em seu leito de morte. Outros atribuem esta teoria a uma conspiração satânica para afrontar o nosso Deus.



Os esforços humanos de pesquisa e observação para fundamentar o evolucionismo devem ser exaltados. Porém, de homens imperfeitos só podemos esperar obras imperfeitas, como é esta teoria da evolução. Ela deixa muitas indagações em aberto, como por exemplo: de onde veio o ser unicelular que deu origem a tão grande variedade de espécies como vemos atualmente? Como pode um ser inferior originar seres superiores? Qual o propósito da vida, visto que toda a criação é obra do acaso? E outras perguntas ainda mais cabulosas se levantam quando partimos do pressuposto de que toda a criação tal como a vemos surgiu do nada feito por ninguém.


O segundo grupo, a saber, os evolucionistas leigos, por sua vez, abraçam esta teoria mais por conveniência do que por convicção. Ou seja, afirmam eles que esta teoria exclui a necessidade de um Criador, logo, a fé, a religião e a teologia são totalmente despropositais, uma vez que estão voltadas a algo, ou alguém, que não existe. Em suma, defendem o evolucionismo por entender que ele explica "racionalmente" a origem do universo, em especial da raça humana, ao contrário dos "loucos religiosos", cujas doutrinas são "questões de fé", portanto, não são - e não precisam ser - coerentes à luz da razão.


Creio ser um perigo a crença nesta teoria. Se somos originários da mesma espécie, temos todos um "tronco comum", e, indiretamente, somos uma espécie única, em diferente estágios de evolução. Portanto, qual a imoralidade que comete a mulher que tem relações sexuais com um chimpanzé? Ela apenas está satisfazendo os desejos de sua libido com um ser de outro grau de evolução, mas que de alguma forma é da mesma espécie que a sua. Se nossa vida é obra do acaso, logo, a morte é apenas o inevitável fim de um ciclo biológico natural; portanto, que crime comete o suicida ou o homicida, se ele apenas antecipou o processo? E porque tentar prolongar a vida de um ser humano na Terra, com tratamentos medicinais e coisas desse tipo, se estamos todos fadados a morrer e termos a memória esquecida para sempre?


Nunca me esqueço de uma frase dita por uma menina de 13 anos que havia assassinado sua colega de escola no documentário "Pro dia nascer feliz":

-"Eu matei mesmo, sou de menor e não vou ser presa. E acho que não fiz nada de errado, porque ela ia morrer mesmo, eu só adiantei a hora dela".


Creio que pensamentos como este elucidam bem o perigo de acreditar numa vida cuja origem é o acaso e cujo destino final é a cova. E é exatamente isso que pensa grande parte dos leigos evolucionistas, que usam mais a teoria para atacar as religiões do que para um amplo e produtivo debate científico. O mais triste é que o "evolucionismo" que é ensinado nas escolas pertence ao segundo grupo, e não ao primeiro. E mais grave ainda é que o "criacionismo", teoria tão científica quanto a da evolução, é tratado como área religiosa e não científica, logo, desprovido de credibilidade acadêmica.


A solução mais eficaz seria a união das Igrejas Cristãs para a abertura de instituições de ensino, onde não apenas os valores cristãos pudessem ser cultivados e preservados, mas também orientássemos os nossos jovens a responderem com argumentações científicas a razão da nossa fé. Sem informação, não dá para ter opinião. Não poderemos nos queixar se muitos crentes calarem-se mediante aos argumentos contrários ao criacionismo, se não os calçarmos de informações racionais e científicas que demonstrem que nossa fé está correta. E tais argumentos existem em abundância, embora não sejam tema de pregação nos púlpitos.




Um comentário:

Samuca disse...

Gostei muito do texto, está bem redigido. A análise foi perfeita pois, como cristão, sabemos que a teoria da evolução das espécies é totalmente inaceitável, porém contribuiu muito para o desenvolvimento de outras áreas cientificas e por causa deste auxilio é que muitos cientistas acreditam na teoria de Darwin. Enfim, foi uma ótima análise.